Transição familiar

 

Transição familiar

Ao receber o diagnóstico de Parkinson de um ente querido, não somente a pessoa acometida sofre, mas todos os familiares e pessoas que o cercam sofrem junto. A doença modifica a dinâmica e organização familiar, interferindo em questões sociais, emocionais e cuidados básicos.

Com o avanço da doença muitas são as necessidades que a pessoas com Parkinson passa a ter, necessitando de auxílio para desempenhar tarefas básicas, como comer, banhar-se, vestir-se, caminhar, entre outras. Desta maneira, deve-se haver alguém que o acompanhe seguidamente para poder auxilia-lo e prover suas necessidade. 

Sabe-se que este momento torna-se difícil para ambos os lados, pois tanto quem esta com a doença quanto quem esta auxiliando não gostariam de ver o outro passar por esta situação. Porém, mesmo nesses momentos torna-se fundamental ter o apoio, cuidado e ajuda dos familiares.

Devido as demandas externas, muitos círculos familiares acabam conversando e averiguando quem poderia acompanhar o ente com Parkinson no seu dia a dia, tornando-se o cuidador principal, aquele que estará ao lado durante consultas, atividades externas, cuidados rotineiros, entre outras ações. Para falar sobre isso, Simony Fabíola Lopes Nunes, enfermeira, mestre e doutora, irá abordar sobre as principais questões diante desta transição.

 

Simony refere ainda sobre a importância do cuidador familiar estar incluído no processo de cuidado dos profissionais de saúde, para que o profissional possa acompanhar e auxiliar as principais necessidades, bem como cuidar da saúde de quem cuida. Além disso, deve-se compreender e conhecer os fatores limitantes e os fatores de potencialidade dos cuidadores.

Os fatores de potencialidade referem-se as habilidades de cuidado já advindas conforme as experiências e vivências dos cuidadores familiares, a rede familiar de apoio, a disponibilidade de horários do cuidador, o tempo dedicado ao cuidado, entre outros fatores irão facilitar o processo de cuidado. Já os fatores limitantes devem ser observados quando o cuidador já possui uma doença prévia, seja ela crônica ou não, a qual pode dificultar a execução dos cuidados, bem como a falta de apoio familiar, falta de tempo e de habilidades para desempenhar as tarefas, entre outros.

Abaixo Simony discorre sobre esses fatores.

Reflexões sobre o cuidado a ser desempenhado, a busca por conhecimento e informação, bem como o interesse de adquirir habilidades e ter uma rede de apoio são extremamente importantes para este período de transição.

O processo de cuidar e ser cuidador não é uma tarefa simples e fácil, desta maneira, também há um período de adaptações e as fases de adaptação, as quais estão dispostas na página Fases de adaptação do cuidar.

Ainda, pode-se compreender um pouquinho mais sobre este período de transição, o qual Simony apresenta em forma de artigos científicos:

 

Simony Fabíola Lopes Nunes: 

Possui graduação em Enfermagem pelo Centro Universitário do Maranhão (2006). Especialista na modalidade Residência  Multiprofissional em Saúde pelo Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão – UFMA (2009) e especialização em  Atenção à Saúde da Pessoa Idosa pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC (2015). Doutorado em Enfermagem (2022) e Mestrado em Enfermagem (2015) pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Docente do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA/CCSST. É membro da International Parkinson and Movement Disorders Society (MDS). Atualmente é membro pesquisadora do Laboratório de Pesquisas e Tecnologias em Enfermagem, Cuidado em Saúde a Pessoas Idosas – GESPI/UFSC. Tem experiência na área de Enfermagem gerontológica, atuando principalmente nos temas: longevidade, qualidade de vida, doença de Parkinson e distúrbios neurodegenerativos e do movimento.