O conteúdo desse portal pode ser acessível em Libras usando o VLibras

Interação da cafeína na doença de Parkinson

19/07/2022 15:27

 

Fonte: Google Imagens

O cuidado alimentar na doença de Parkinson possui importantes efeitos positivos diante da doença e da sua sintomatologia, como apresentado na seção Nutrição. Desta maneira, devido o café ser uma bebida comumente ingerida pela população brasileira, tem-se aqui seus efeitos e interações diante a doença de Parkinson.

Uma pesquisa de revisão integrativa de literatura realizada no ano de 2019, trouxe estudos selecionados, os quais abordam sobre a influência do consumo de café na doença de Parkinson. Dos estudos analisados, abaixo encontram-se os achados:

Cafeína como protetora neural

Mais de 70% dos 24 artigos analisados pelo estudo apontaram que a cafeína, quando consumida em níveis moderados, pode ser nociva para saúde, estando associada ao baixo declínio cognitivo relacionado com a idade, bem como a redução do desenvolvimento de doenças neurodegenerativas e ao baixo risco de acidente vascular. Esse efeito observa-se a partir da presença de moléculas como a quercetina, na cafeína, a qual protege as células das toxinas que possam interferir e afetar o Sistema Nervoso Central. Além disso, a cafeína age como um antioxidante que diminui o estresse oxidativo na doença de Parkinson, retardando a progressão da doença.

Piora cognitiva

Diante dos estudos analisados, observa-se que 3% deles referem que a cafeína possui influência negativa na cognição.  Os estudos relacionaram o consumo de cafeína com piores resultados nos testes relacionados a cognição.

Melhora na motricidade

Cerca de 6% dos estudos relacionaram o consumo de café com a melhora da motricidade, por meio de uma investigação de 4 anos  com o consumo diário de 50mg de café. Nestas pesquisas houve uma conclusão de que o consumo mais alto de cafeína esta associado com a redução de deficiência motora e não motora através de um acompanhamento relativamente longo.

Sem efeito de proteção neural

Dentro os estudos analisados, 6% apresentam contradições aos primeiros, mostrando em suas pesquisas que a cafeína não possui efeito neuroprotetor, indicando relação intensa do consumo de café diário com a doença de Parkinson, entre os participantes que possuem a doença.

O estudo na íntegra apresenta ainda outros efeitos relacionados ao consumo do café, mas deixamos abaixo a referência do estudo para aprofundar mais aos achados.

CARVALHO, Laura Oliveira Rolim et al. Influência do café na Doença de Parkinson. REBES, v. 9, n. 2, 2019. Disponível em: researchgate.net/profile/Milena-Sousa/publication/355377783_Influencia_do_cafe_na_Doenca_de_Parkinson_Influence_of_coffee_in_Parkinson%27s_Disease/links/616d75a3b90c51266262578f/Influencia-do-cafe-na-Doenca-de-Parkinson-Influence-of-coffee-in-Parkinsons-Disease.pdf

Tags: CafeínaDoença de ParkinsonSaúde
Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.